Não me interpretem mal: ESTA NÃO É UMA POSTAGEM "BOM-DIA-SOL", leiam com atenção:
Como Se Fosse a Primavera
"De que calada maneira
Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera
Eu morrendo
E de que modo sutil
Me derramou na camisa
Todas as flores de abril
Quem lhe disse que eu era
Riso sempre e nunca pranto?
Como se fosse a primavera
Não sou tanto
No entanto, que espiritual
Você me dar uma rosa
De seu rosal principal
De que calada maneira
Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera
Eu morrendo
Eu morrendo "
Composição: Pablo Milanés/Nicolas Guillén/Chico Buarque
quarta-feira, novembro 29, 2006
Justificativa
Para Hugo e meus demais queridos leitores:
Sim, este blog, coitadinho, anda abandonado.
O que acontece é que não fico mais o tempo todo on-line. Aliás fico bem pouco.
As idéias vêm. E com elas a vontade de escrever. Minhas mãos não encontram um teclado a tempo...Eeeeee: Vão embora com os ventos dessas chuvas de primavera.
Por favor, não desistam. Estarei aqui sempre que me for possível.
Sim, este blog, coitadinho, anda abandonado.
O que acontece é que não fico mais o tempo todo on-line. Aliás fico bem pouco.
As idéias vêm. E com elas a vontade de escrever. Minhas mãos não encontram um teclado a tempo...Eeeeee: Vão embora com os ventos dessas chuvas de primavera.
Por favor, não desistam. Estarei aqui sempre que me for possível.
quarta-feira, outubro 25, 2006
*%@!!*###%¨#!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
"O cheiro do ralo". Filme com direção de Heitor Dhalia (Nina) e roteiro de Marçal Aquino.
Tá na Mostra de Cinema. Para mim ESTAVA! IA com a Bárbara que é a única pessoa que idolatra o Marçal como eu. O maior esquema: pega carteirinha, de um, de outro, organiza o dia para comprar antes e: ESGOTADO! 6 horas antes!!! AAAAAAAAAIIIII!!!!!!!!!!
Tem hora que eu odeio São Paulo e todas as pessoas que conseguem comprar ingresso entre 1h e 4h da tarde, portanto antes de mim!
#**¨@*%%¨#!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
To arrasada. Tomara que o filme vá para o cinema.
Tá na Mostra de Cinema. Para mim ESTAVA! IA com a Bárbara que é a única pessoa que idolatra o Marçal como eu. O maior esquema: pega carteirinha, de um, de outro, organiza o dia para comprar antes e: ESGOTADO! 6 horas antes!!! AAAAAAAAAIIIII!!!!!!!!!!
Tem hora que eu odeio São Paulo e todas as pessoas que conseguem comprar ingresso entre 1h e 4h da tarde, portanto antes de mim!
#**¨@*%%¨#!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
To arrasada. Tomara que o filme vá para o cinema.
sábado, outubro 14, 2006
Sobre o apto. 52
Naquele ano combinamos guardar todos os brinquedos que vinham no Kinder Ovo, para na época do natal, montarmos uma árvore com todos eles. Passamos o ano guardando todos no aquário que um dia foi o habitat do Beta do Lucas, que eu não me lembro o nome.
No natal anterior, eu e a Jú havíamos comprado um pequeno cipreste numa esquina da Angélica. Demos seu nome de Alice. E era pesadinha a pequena. Quando chegamos em casa com a Alice, o Lucas não achou a mínima graça e disse que a gente tinha entrado na "histeria natalina" que domina a cidade nessa época do ano. Só de provocação, esperamos que ele dormisse, vasculhamos todo o apartamento em busca de algo para enfeitá-la. Pra deixar bem cafoninha mesmo, bem histérica... encontramos luzinhas coloridas, socadas num fundo de armário, e funcionavam. Preparamos tudo, no final das contas, a Alice foi aceita por todos. Complemetou o ar familiar que pairava no nosso apartamento.
Foi nessa mesma época que, na noite de uma sexta-feira insuportavelmente quente, deitados os três na cama da Jú, que combinamos de comprar uma piscininha inflável. Ficaríamos dentro dela, com roupa de banho, assistido TV ou conversando. Bem no meio da sala.
Hoje vivemos em casas separadas. Nós três temos blogs (e eu ainda não aprendi a colocar links alheios aqui). E como diz a Jú, viramos adultos. Grande coisa. Lendo os três blogs, um após o outro, percebe-se ulguma insatisfação em comum... Será que estamos em alguma fase de transição? Será que passa? Voltar atrás não tem como, não tem coerência também.
Ah, amigo-lhes... só tenho a dizer, que espero que fiquemos todos bem, e que a vida volte a fluir.
Saudade de vocês.
No natal anterior, eu e a Jú havíamos comprado um pequeno cipreste numa esquina da Angélica. Demos seu nome de Alice. E era pesadinha a pequena. Quando chegamos em casa com a Alice, o Lucas não achou a mínima graça e disse que a gente tinha entrado na "histeria natalina" que domina a cidade nessa época do ano. Só de provocação, esperamos que ele dormisse, vasculhamos todo o apartamento em busca de algo para enfeitá-la. Pra deixar bem cafoninha mesmo, bem histérica... encontramos luzinhas coloridas, socadas num fundo de armário, e funcionavam. Preparamos tudo, no final das contas, a Alice foi aceita por todos. Complemetou o ar familiar que pairava no nosso apartamento.
Foi nessa mesma época que, na noite de uma sexta-feira insuportavelmente quente, deitados os três na cama da Jú, que combinamos de comprar uma piscininha inflável. Ficaríamos dentro dela, com roupa de banho, assistido TV ou conversando. Bem no meio da sala.
Hoje vivemos em casas separadas. Nós três temos blogs (e eu ainda não aprendi a colocar links alheios aqui). E como diz a Jú, viramos adultos. Grande coisa. Lendo os três blogs, um após o outro, percebe-se ulguma insatisfação em comum... Será que estamos em alguma fase de transição? Será que passa? Voltar atrás não tem como, não tem coerência também.
Ah, amigo-lhes... só tenho a dizer, que espero que fiquemos todos bem, e que a vida volte a fluir.
Saudade de vocês.
quinta-feira, outubro 12, 2006
Estou de volta ao interior...
***
O ônibus chegou 6h da manhã. Ninguém me esperando na rodoviária. Peguei um táxi. Vim conversando com a taxista. Loira e grande. E vaidosa, contando sobre o tempo local, reclamava de como o calor deixa a pele e os cabelos mais feios. Concordo plenamente. Mas as coisas evoluíram por aqui. Hoje usam taxímetro. A um tempo atrás, no ponto tinha uma lousinha com a "tabela" de valores:
- Bairro longe: R$ 15,00
- Bairro perto: R$ 5,00
-Centro: R$ 10,00
Janela aberta, vento no rosto e duas araras azuis passam conversando sobre o alvorescer.
***
Amigo-lhes, preciso dizer: O atelier do meu pai está repleto de telas novas, que ele prepara para uma exposição. Nem sei que adjetivos usar... lindo, enlouquecedor, com cenas de uma simplicidade que chega a doer.
Amigo-lhes, dessa vez o Toquinho se superou: http://www.mngaleria.com.br/modulos/catalogo/?grp=1&subgrp=37
Obs: As telas novas ainda não estão no site.
***
O ônibus chegou 6h da manhã. Ninguém me esperando na rodoviária. Peguei um táxi. Vim conversando com a taxista. Loira e grande. E vaidosa, contando sobre o tempo local, reclamava de como o calor deixa a pele e os cabelos mais feios. Concordo plenamente. Mas as coisas evoluíram por aqui. Hoje usam taxímetro. A um tempo atrás, no ponto tinha uma lousinha com a "tabela" de valores:
- Bairro longe: R$ 15,00
- Bairro perto: R$ 5,00
-Centro: R$ 10,00
Janela aberta, vento no rosto e duas araras azuis passam conversando sobre o alvorescer.
***
Amigo-lhes, preciso dizer: O atelier do meu pai está repleto de telas novas, que ele prepara para uma exposição. Nem sei que adjetivos usar... lindo, enlouquecedor, com cenas de uma simplicidade que chega a doer.
Amigo-lhes, dessa vez o Toquinho se superou: http://www.mngaleria.com.br/modulos/catalogo/?grp=1&subgrp=37
Obs: As telas novas ainda não estão no site.
segunda-feira, outubro 02, 2006
Sobre violência
Aconteceram na última semana.
Cena 1:
- Eu e Jú atravessando a rua. Por causa do meu tornozelo capenga, não consigo mais correr. E uma vez no meio da rua, é entregar pra Deus. Um taxista acelerou o carro para cima da gente. A Jú me puxou e alcançamos logo a calçada. De duas uma: ele era um louco psicopata que tem fixação em atropelar mocinhas. Ou se diverte vendo as pessoas correndo, desesperadas da sua máquina possante. É fato, eu não consigo correr. Ele poderia ter facilmente me atropelado. Foi por bem pouco.
Cena 2:
- Sexta-feira, 1 hora da tarde. Um homem como outro qualquer, vestindo apenas um bom jeans, desce caminhando a Av. Angélica. Normalíssimo. Se ele não estivesse com o olho direito estourado, cheio de arranhões nos braços. O sangue escorria pelo seu peito nú. E ele ia calmamente, de cabeça erguida, como se tivesse acertado as contas com alguém. Ou como se tivesse indo comprar o jornal na banca da esquina.
Cena 3:
- Meia noite de sábado pra domingo. A gente descia a consolação de carro, conversando animadamente. Na base da polícia no começo da Av. Paulista. Um Uno estacionado, os vidros abertos, e um policial berrava apontando uma arma bem próxima ao rosto do motorista. Vai saber o que acontecia. Um minuto de silêncio. Do que a gente estava falando mesmo?
Desde que voltei a morar em São Paulo, nunca havia sofrido nenhum tipo de violência. Não que de fato, eu tenha agora sofrido. Não precisa ser direta, física, ou com você. Mas viver num ambiente violento não deixa de ser uma forma de agressão.
É por essas e pelo Boris, que fico aflita para chegar logo em casa. Todos os dias.
Cena 1:
- Eu e Jú atravessando a rua. Por causa do meu tornozelo capenga, não consigo mais correr. E uma vez no meio da rua, é entregar pra Deus. Um taxista acelerou o carro para cima da gente. A Jú me puxou e alcançamos logo a calçada. De duas uma: ele era um louco psicopata que tem fixação em atropelar mocinhas. Ou se diverte vendo as pessoas correndo, desesperadas da sua máquina possante. É fato, eu não consigo correr. Ele poderia ter facilmente me atropelado. Foi por bem pouco.
Cena 2:
- Sexta-feira, 1 hora da tarde. Um homem como outro qualquer, vestindo apenas um bom jeans, desce caminhando a Av. Angélica. Normalíssimo. Se ele não estivesse com o olho direito estourado, cheio de arranhões nos braços. O sangue escorria pelo seu peito nú. E ele ia calmamente, de cabeça erguida, como se tivesse acertado as contas com alguém. Ou como se tivesse indo comprar o jornal na banca da esquina.
Cena 3:
- Meia noite de sábado pra domingo. A gente descia a consolação de carro, conversando animadamente. Na base da polícia no começo da Av. Paulista. Um Uno estacionado, os vidros abertos, e um policial berrava apontando uma arma bem próxima ao rosto do motorista. Vai saber o que acontecia. Um minuto de silêncio. Do que a gente estava falando mesmo?
Desde que voltei a morar em São Paulo, nunca havia sofrido nenhum tipo de violência. Não que de fato, eu tenha agora sofrido. Não precisa ser direta, física, ou com você. Mas viver num ambiente violento não deixa de ser uma forma de agressão.
É por essas e pelo Boris, que fico aflita para chegar logo em casa. Todos os dias.
quinta-feira, setembro 07, 2006
De volta
Amigo-lhes, voltei!
Fui abduzida por uma seita. Fiquei hipnotizada por 15 dias.
Havia um ritual diário em que as pessoas ficavam de manhã até tarde da noite sentadas em frente a uma máquina quadrada que continha luz própria, ao mesmo tempo que seguravam em uma das mãos, um objeto pequeno que apertavam com os dedos e fazia: "click, click". Também tinha hora que todos falavam ao mesmo tempo, geralmente observando papéis com desenhos, feios, todos muito rabiscados. Vai saber.
Só sei que hoje acordei na casa da minha mãe. E não tive que pensar em nada. Como devia ser.
" Isabel, acorda! O almoço está na mesa. E a D. Silvana fez tudo que você gosta!" EITA!
Amigo-lhes, fiquei muito feliz ao voltar aqui e saber que sentiram a minha falta.
Saudade de escrever, de divagar sobre todas as coisas, de assistir tv, de tomar banho demorado, de conversar no MSN.
Caso eu suma novamente, provavelmente, estarei em companhia dos da seita. E espero que, pelo menos á noite, já em casa, eu possa me sentar em frente à máquina com luz própria e fazer bom proveito dela.
Vamos ver.
Fui abduzida por uma seita. Fiquei hipnotizada por 15 dias.
Havia um ritual diário em que as pessoas ficavam de manhã até tarde da noite sentadas em frente a uma máquina quadrada que continha luz própria, ao mesmo tempo que seguravam em uma das mãos, um objeto pequeno que apertavam com os dedos e fazia: "click, click". Também tinha hora que todos falavam ao mesmo tempo, geralmente observando papéis com desenhos, feios, todos muito rabiscados. Vai saber.
Só sei que hoje acordei na casa da minha mãe. E não tive que pensar em nada. Como devia ser.
" Isabel, acorda! O almoço está na mesa. E a D. Silvana fez tudo que você gosta!" EITA!
Amigo-lhes, fiquei muito feliz ao voltar aqui e saber que sentiram a minha falta.
Saudade de escrever, de divagar sobre todas as coisas, de assistir tv, de tomar banho demorado, de conversar no MSN.
Caso eu suma novamente, provavelmente, estarei em companhia dos da seita. E espero que, pelo menos á noite, já em casa, eu possa me sentar em frente à máquina com luz própria e fazer bom proveito dela.
Vamos ver.
domingo, agosto 20, 2006
Sobre o Livre arbítrio
Beth Orton é a bola da vez. -Passar o dia fazendo "coisinhas" com as amigas - Gostar da jaqueta só 10 dias depois de adquirí-la - Insônias - Sentir falta de ficar horas na frente da Tv de boca aberta sem pensar em nada, poder fazê-lo a qualquer hora e não fazer. - Vontades, muitas vontades - E depois de muito, consegui eliminar na minha vida várias coisas importantíssimas, mas que na verdade não me faziam bem. Ou faziam. faZIAM. Antes. De que me importa tudo isso agora?
Pode ser que eu não more mais nessa cidade no próximo ano. E pode ser que eu more no coração dela, onde sempre passei e sonhei em restaurar aquele apartamento com a sacada redonda. Pode ser que eu me case e vá morar em Moema ou na Vila Mariana. E pode ser que eu não me case e vá morar no centro histórico de Diamantina. E pode ser que eu não me case e vá morar na Rua Bahia. Pode ser que eu tenha filhos. E pode ser que eles possam percorrer a cidade inteira de bicicleta. E pode ser que eles só tenham os amiguinhos do prédio. E pode ser que, de férias, na casa do avô, eles tenham o privilégio (que eu tive) de por momentos, habitarem um mundo lúdico, feito à mão, exclusivamente para eles, com teatro de fantoches, casa do playmobil com loucinhas e elétrodomésticos de Durepox. E pode ser que eu nunca os tenha. Pode ser que algum dia eu possa fazer aulas com o Ivaldo Bertazzo ás terças e quintas pela manhã. Pode ser que eu fique amiga do povo do teatro. E pode ser que eu fique amiga do povo que faz M.B.A. no exterior. E pode ser que eu não queira novos amigos.
Por vezes, cara a cara com a liberdade, não sabemos o que dizer a ela.
Pode ser que eu não more mais nessa cidade no próximo ano. E pode ser que eu more no coração dela, onde sempre passei e sonhei em restaurar aquele apartamento com a sacada redonda. Pode ser que eu me case e vá morar em Moema ou na Vila Mariana. E pode ser que eu não me case e vá morar no centro histórico de Diamantina. E pode ser que eu não me case e vá morar na Rua Bahia. Pode ser que eu tenha filhos. E pode ser que eles possam percorrer a cidade inteira de bicicleta. E pode ser que eles só tenham os amiguinhos do prédio. E pode ser que, de férias, na casa do avô, eles tenham o privilégio (que eu tive) de por momentos, habitarem um mundo lúdico, feito à mão, exclusivamente para eles, com teatro de fantoches, casa do playmobil com loucinhas e elétrodomésticos de Durepox. E pode ser que eu nunca os tenha. Pode ser que algum dia eu possa fazer aulas com o Ivaldo Bertazzo ás terças e quintas pela manhã. Pode ser que eu fique amiga do povo do teatro. E pode ser que eu fique amiga do povo que faz M.B.A. no exterior. E pode ser que eu não queira novos amigos.
Por vezes, cara a cara com a liberdade, não sabemos o que dizer a ela.
segunda-feira, agosto 14, 2006
Lá de onde eu vim, as noites eram feitas para dormir
Não para ter insônia
Lá de onde eu vim, quem me olhava, me via
Sem os óculos escuros da sua alma machucada
Lá de onde eu vim o medo andava longe
E não de mãos dadas
Lá de onde eu vim a dança era dançada no palco
E não assistida da platéia
Lá de onde eu vim, da minha boca só saíam palavras doces
Porque eu não precisava dizer mais nada
Hoje estou muito longe, de lá de onde eu vim
E por aqui, não sei caminhar
Essas ruas são tortuosas
Nesse horizonte traiçoeiro, eu me perco e não sei voltar
E que eu dobre a esquina para o lado correto
Ou para o lado que me leve mais perto
Do lugar de onde eu vim
Não para ter insônia
Lá de onde eu vim, quem me olhava, me via
Sem os óculos escuros da sua alma machucada
Lá de onde eu vim o medo andava longe
E não de mãos dadas
Lá de onde eu vim a dança era dançada no palco
E não assistida da platéia
Lá de onde eu vim, da minha boca só saíam palavras doces
Porque eu não precisava dizer mais nada
Hoje estou muito longe, de lá de onde eu vim
E por aqui, não sei caminhar
Essas ruas são tortuosas
Nesse horizonte traiçoeiro, eu me perco e não sei voltar
E que eu dobre a esquina para o lado correto
Ou para o lado que me leve mais perto
Do lugar de onde eu vim
quarta-feira, agosto 09, 2006
sexta-feira, julho 28, 2006
Tudo ao mesmo tempo agora

Grupo Corpo, Cirque du Soleil e Chico Buarque. AGOSTO - 2006 - SÃO PAULO.
Por que? Se temos 12 meses num mesmo ano?
Por que? Os três no mesmo mês. Haja coração e dinheiro no bolso. Três das coisas que eu mais gosto na vida. Das que alimentam a alma.
Lenice já me presenteou com o ingresso do circo. Agora falta dar um jeito nos outros dois.
Isso não é programação cultural. Isso é um bombardeio.
terça-feira, julho 25, 2006
Sobre o Silêncio
Engraçado. Tem um silêncio me incomodando. É um silêncio covarde, que diz coisas difíceis de serem ditas. E é claro que eu entendi sua mensagem. Na verdade eu nem sei se gostaria de abandonar esse seu estado de quietude. O estrondo certamente vai machucar.
Tenho prestado atenção nos silêncios. De noite, quando os barulhos vão dormir, eu aguento mais um pouquinho acordada, só para ouvir o mundo, ao poucos, se recolhendo. Pequena trégua da "cidade que nunca dorme". Dura pouco. Logo, a padaria vizinha de muro, abre. E começa tudo de novo. E não pára nunca.
Num outro post, quero colocar uma parte do livro KALKI, a que mais me impressionou. Teddy descrevendo o silêncio do mundo. Mas esse era real. Um mundo sem barulhos humanos.
Imagina.
Ontem, no escritório, a cena era a seguinte: quatro pessoas falando ao mesmo tempo, música no rádio, o telefone tocando...Aff! Esperei que todos saíssem para almoçar. E fiquei. Desliguei o rádio, fechei a porta da rua. Neosaldina e paz.
Tenho prestado atenção nos silêncios. De noite, quando os barulhos vão dormir, eu aguento mais um pouquinho acordada, só para ouvir o mundo, ao poucos, se recolhendo. Pequena trégua da "cidade que nunca dorme". Dura pouco. Logo, a padaria vizinha de muro, abre. E começa tudo de novo. E não pára nunca.
Num outro post, quero colocar uma parte do livro KALKI, a que mais me impressionou. Teddy descrevendo o silêncio do mundo. Mas esse era real. Um mundo sem barulhos humanos.
Imagina.
Ontem, no escritório, a cena era a seguinte: quatro pessoas falando ao mesmo tempo, música no rádio, o telefone tocando...Aff! Esperei que todos saíssem para almoçar. E fiquei. Desliguei o rádio, fechei a porta da rua. Neosaldina e paz.
quinta-feira, julho 20, 2006
Personagens
Ainda herança da era Freak Chic. Preciso listar e destrinchar os personagens frutos dos nossos devaneios, antes que caiam no esquecimento. Gostaria de pedir a colaboração de seus criadores (Lucas e Beta). O ideal seria escrevermos juntos, idéia quase impossível no momento, já que não conseguimos nos falar nem por telefone. E isso é triste. Lá vai:
JEFFERSON
Idade: 25 ANOS
Ídolo: Madonna
Lugar: A América (entenda-se os EUA)
Onde vai: D-Edge, A Lôca, Tunnel, Blue Space, Love Story, Daslu
Melhor amigo (a): Robert
Hobbies: Fuck around
Orientação Sexual: Both
Música: "Money, Sucess, Fame, Glamour" Felix - Housecat
Filmes: O Guarda Costa, Ghost - Do Outro Lado da Vida
Um Sonho: Money, Sucess, Fame, Glamour e cocks
Tentação: Garçons, jardineiros, motoristas, pedreiros e outros prestadores de serviços.
Curiosidades: Tem uma avó índia que vive numa fazenda em Utah, Colorado
Dados para análise psicológica: Mãe rígida e castradora (*ver nota 1)
*NOTA 1 - Jefferson´s mother foi criada por uma babá britânica. Sua maior frustração é a vida mundana, devassa, profana, yankee, que Jefferson leva. Ah, se Anna não tivesse morrido tão cedo... poderia ter colocado rédeas em Jeff. Ah, como me arrependo de não o ter mandado para um internato. De tempos em tempos, coloca Jefferson num avião rumo à América. Passar um tempo com a avó-india ajuda a afastá-lo das más companhias (entenda-se Robert). Seus sermões são sempre pregações intermináveis à moral e aos bons costumes. Terminam sempre com: Is it clear, Jefferson?
Ela não entende onde foi que errou. Mas não desiste. Só vai morrer feliz se Jefferson fizer um bom casamento.
JEFFERSON
Idade: 25 ANOS
Ídolo: Madonna
Lugar: A América (entenda-se os EUA)
Onde vai: D-Edge, A Lôca, Tunnel, Blue Space, Love Story, Daslu
Melhor amigo (a): Robert
Hobbies: Fuck around
Orientação Sexual: Both
Música: "Money, Sucess, Fame, Glamour" Felix - Housecat
Filmes: O Guarda Costa, Ghost - Do Outro Lado da Vida
Um Sonho: Money, Sucess, Fame, Glamour e cocks
Tentação: Garçons, jardineiros, motoristas, pedreiros e outros prestadores de serviços.
Curiosidades: Tem uma avó índia que vive numa fazenda em Utah, Colorado
Dados para análise psicológica: Mãe rígida e castradora (*ver nota 1)
*NOTA 1 - Jefferson´s mother foi criada por uma babá britânica. Sua maior frustração é a vida mundana, devassa, profana, yankee, que Jefferson leva. Ah, se Anna não tivesse morrido tão cedo... poderia ter colocado rédeas em Jeff. Ah, como me arrependo de não o ter mandado para um internato. De tempos em tempos, coloca Jefferson num avião rumo à América. Passar um tempo com a avó-india ajuda a afastá-lo das más companhias (entenda-se Robert). Seus sermões são sempre pregações intermináveis à moral e aos bons costumes. Terminam sempre com: Is it clear, Jefferson?
Ela não entende onde foi que errou. Mas não desiste. Só vai morrer feliz se Jefferson fizer um bom casamento.
quarta-feira, julho 19, 2006
For Honey
Honey is Blond
and nervous
and dangerous
and quilt
and beautiful
and a sex machine
But now
Honey is a driver
and a doctor
and nervous
and dangerous
and quilt
and beautiful
and a sex machine
But now
Honey is a driver
and a doctor

Ficar á vontade e bem colocada no mundo em que se vive. Á vontade. Na cidade onde se mora, nas ruas por onde passa, no trabalho, onde se gasta pelo menos oito horas de seu dia. E é assim que a vida flui. Sem medo.
Mas não é o que acontece. O que acontece é que a maior vontade é voltar pra casa da mãe, fora da cidade, fora do mundo. E ficar no lá, no universo particular. Onde tudo funciona confortavelmente. Sem abalos nem sobressaltos. Fuga? É isso mesmo. Fuga.
Se não "guenta" bebe leite.
Então é de leite que eu preciso agora.
Pára tudo. Eu não quero mais brincar.
sexta-feira, julho 14, 2006
quinta-feira, julho 13, 2006
Noites Verdes

Vamos ver se eu consigo explicar.
Primeiro, sou amante da noite, muito mais do que do dia, EVER.
Eu acho que existem vários tipos de noites. Cada qual com sua atmosfera, cor, clima, cheiro, e misteriosamente, o que acontece em cada uma delas, acredito que de algum modo tenha a influência desse "clima" que eu estou tentando descrever aqui.
Dentre as várias classificações, a que eu mais gosto, chamo de "Noites Verdes", não gostei desse nome, mas não consegui encontrar um melhor. O nome já diz. Porque quando me levanto no dia seguinte com lembranças da noite anterior, a primeira coisa que me vem á cabeça, são as cores AZUL ESCURO E VERDE. Não pode ter neblina, nem estar muito frio, nem chovendo, porque senão não é uma Noite Verde.Ela sempre chega triunfante, soberana, azul, azul. Sim, tem sua luminosidade.
Tem cheiro de noite, o cheiro que caracteriza as noites é o cheiro das Noites Verdes.
Tem que ter barulho também, barulho de noite. Vozes que saem das janelas e ecoam nas ruas, porque nas Noites Verdes as pessoas falam mais, e riem mais.
Se por acaso sentires ao por do sol, que uma Noite Verde se aproxima, por favor, abra as janelas, diga a ela o quanto é bem vinda. Saia ao relento e lá permaneça por uns instantes. Mas saia. A pé ou de carro com os vidros abertos. Respire fundo.
E se estiver ao seu alcance, segure forte na mão daquele que nunca deveria sair de perto de você e assim fique, até o amanhecer.
P.S. Não sei a quem devo atribuir os créditos da imagem.
Encontrei em:Google image - http://blogseve.blogs.sapo.pt
quarta-feira, julho 12, 2006
Existem coisas que me acalmam. Pequenas coisas, que em momentos como esse me servem como alívios:
- A voz da Marisa Monte: Acalento
- Cheiro de casa limpa ou roupa limpa
- Café expresso com cigarro
- Leve brisa: O tempo se encarregando de resolver as coisas
- Ler antes de dormir
-Pensar nos animais: Simplicidade
- Ouvir a previsão do tempo
- 1 gotinha de Rivotril 1mg
E existem coisas que fazem o efeito contrário:
- No momento, todas as outras não listadas acima.
- A voz da Marisa Monte: Acalento
- Cheiro de casa limpa ou roupa limpa
- Café expresso com cigarro
- Leve brisa: O tempo se encarregando de resolver as coisas
- Ler antes de dormir
-Pensar nos animais: Simplicidade
- Ouvir a previsão do tempo
- 1 gotinha de Rivotril 1mg
E existem coisas que fazem o efeito contrário:
- No momento, todas as outras não listadas acima.
sexta-feira, julho 07, 2006
Sobre ontem a noite

Ainda que as "dores não calatogadas no mundo físico" permaneçam em mim, o que aconteceu ontem me fez perceber que parte delas eram pura intuição. E as coisas ficaram mais claras, pois elas ficam mesmo quando a gente lida com a sinceridade, a nossa e a alheia. E doeu. Mas agora eu sei onde e porque dói. E eu te contei tudo, mas você não fugiu, nem me olhou como se eu fosse louca, não, você me abraçou e me contou tudo também, e por isso eu gostei mais de você. Mesmo que a sua história não tenha me deixado feliz, fez com que eu parasse de tentar te enxergar no escuro. A luz permaneu acesa a noite toda para que a gente pudesse se olhar nos olhos.
Ainda que eu não saiba onde tudo isso vai parar.
quinta-feira, julho 06, 2006
Estado de espírito II
Ok, ok... Não tenho culpa se o Marçal Aquino consegue me descrever melhor que eu, sem nem me conhecer...
No momento sofro de "dores não catalogadas no mundo físico...
...num estado de excitação constante, confinados num território particular, incandescente, vedado aos demais. Uma reserva de sonho contra tudo que não é doce, sutil ou sereno."
E, como já disse a Fia, eu não sei onde isso tudo vai parar.
No momento sofro de "dores não catalogadas no mundo físico...
...num estado de excitação constante, confinados num território particular, incandescente, vedado aos demais. Uma reserva de sonho contra tudo que não é doce, sutil ou sereno."
E, como já disse a Fia, eu não sei onde isso tudo vai parar.
terça-feira, julho 04, 2006
Estado de espírito
Não sei quem disse isso, só me lembro de ter escrito na minha agenda/ diário quando eu tinha 16 anos.
"É impressionante a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer".
Não faço mais agenda/ diário. Agora escrevo aqui. E esta frase cai bem sobre o momento.
Momento de muita paciência. É preciso estar lúcida. Impossível.
Porque o que sinto me tira a fome. E a vida fica assim, á flor da pele.
"É impressionante a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer".
Não faço mais agenda/ diário. Agora escrevo aqui. E esta frase cai bem sobre o momento.
Momento de muita paciência. É preciso estar lúcida. Impossível.
Porque o que sinto me tira a fome. E a vida fica assim, á flor da pele.
sexta-feira, junho 30, 2006
Conselho
"Seja um bom menino
Seja um bom rapaz
Pratique bons esportes
Tenha bons ideais
Afinal de contas, o fim do mundo não é o fim do mundo
Mas se for o fim do mundo,
Descanse em paz."
Seja um bom rapaz
Pratique bons esportes
Tenha bons ideais
Afinal de contas, o fim do mundo não é o fim do mundo
Mas se for o fim do mundo,
Descanse em paz."
quinta-feira, junho 29, 2006
Kalki
Estou lendo o livro Kalki, do Gore Vidal.
Faz tempo já, devido ao meu cansaço e ao hábito de ler antes de dormir.
Condizente com o momento, e repetindo as outras postagens, o livro é realmente SURPREENDENTE. E como é bom. Veio em boa hora, porque preciso me apaixonar urgentemente por um novo autor. Mas só no final do livro é que decidirei se Gore será minha próxima vítima.
A personagem principal, TEDDY (tá boa), é sonsa na minha opinião, e por isso estou vivendo a experiência inédita de amar um livro, sem amar seus personagens.
Com conteúdo pesado e surreal, o livro consegue ser leve. Imagino que Saramago poderia muito bem reescrevê-lo, e aí sim seria uma bomba. O contexto se parece com as catástrofes a que o mundo é submetido no mundo do Saramago. Como é narrado por TEDDY, nada lembra catástrofe. TEDDY toma Valium, o que não a deixa ter noção real das coisas que acontecem ao seu redor. Parece viver anestesiada. Que agonia.
Se TEDDY fosse criação de Saramago, já teria enlouquecido. E eu também.
Faz tempo já, devido ao meu cansaço e ao hábito de ler antes de dormir.
Condizente com o momento, e repetindo as outras postagens, o livro é realmente SURPREENDENTE. E como é bom. Veio em boa hora, porque preciso me apaixonar urgentemente por um novo autor. Mas só no final do livro é que decidirei se Gore será minha próxima vítima.
A personagem principal, TEDDY (tá boa), é sonsa na minha opinião, e por isso estou vivendo a experiência inédita de amar um livro, sem amar seus personagens.
Com conteúdo pesado e surreal, o livro consegue ser leve. Imagino que Saramago poderia muito bem reescrevê-lo, e aí sim seria uma bomba. O contexto se parece com as catástrofes a que o mundo é submetido no mundo do Saramago. Como é narrado por TEDDY, nada lembra catástrofe. TEDDY toma Valium, o que não a deixa ter noção real das coisas que acontecem ao seu redor. Parece viver anestesiada. Que agonia.
Se TEDDY fosse criação de Saramago, já teria enlouquecido. E eu também.
O Trapezista
quarta-feira, junho 28, 2006
Surpresa
É certo que a surpresa vem de surpresa.
........
Surpreendentemente presa. Pelo cheiro de abismo que exalam essas situações. Ou que eu exalo nessas situações. Porque na verdade o abismo está dentro de mim.
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Surpreendentemente presa. Pelo cheiro de abismo que exalam essas situações. Ou que eu exalo nessas situações. Porque na verdade o abismo está dentro de mim.
quarta-feira, junho 14, 2006
Vende-se ou Aluga-se
Faz quase um ano que a vi pela primeira vez. Percebi que estava disponível, aberta a visitação. Desde então, sempre que podia, mudava meu trajeto, só para, por alguns segundos poder observá-la, de longe. Voyeurismo mesmo.
Aconteceu no final de semana, mudei a rota novamente e lá estava ela, à luz do dia, mais bela e majestosa do que nunca, soberana, entre seus vizinhos pretenciosos. É agora, pensei. Parei o carro de sopetão, me aproximei decidida. O porteiro, numa cadeira velha: "Pois não?" - "Está em exposição? Posso dar uma olhada?" - "Fique a vontade".
Pé-direito de 4 metros, 450 metros de área construída. Forros de madeira. Janelas, muitas janelas. Ladrilho Hidráulico. Quintal. Cheiro de 5 geraçõs.
Quando nasceu não devia ser como suas colegas do bairro. Apesar de imponente, não chega a ser uma mansão. Outras haviam (algumas ainda permanecem), maiores, de estilo marcado, com requintes na ornamentação, salões com temas variados, jardins, afrescos. Seus progenitores, buscando salubridade, saíam da área central em busca de logradouros com maior altitude, mais ventilados, livre das inundações. Higiene-Higienópolis: Higiene - Pólis.
Meu coração estava quente. Minha mente, longe: "Restaurar o forro; consertar janelas, refazer algumas; prospecção pictórica (raspagem das camadas de tinta da parede até chegar na cor original, ou que sabe em alguma bela pintura); completar os ladrilhos que faltam... etc, etc"
Queria recuperá-la, habitá-la. Eu passaria o resto da vida trabalhando nela, só para ela, até deixá-la com a cara que tinha quando nasceu. E ainda a salvaria da morte.Mais da metade de seu preço se deve ao terreno, localização. Está ilhada entre as medonhas "mansões suspensas". As contrutoras ficariam muitos satisfeitas em substituí-la por um gigantesco exemplar da arquitetura "neo-clássica" (como gostam de chamar), 4 suítes, 5 vagas na garagem.
Sim, eu seria feliz, pode ter certeza.
Eu teria que ser TRILHONÁRIA, no mínimo. Para depois me tornar uma velhinha pobre e satisfeita.
Já me despedindo, na calçada, perguntei ao porteiro: "Tá difícil de vender?" - "Pois é, né? Se quem construiu tivesse colocado umas 20 vaga pra carro na frente, aí vendia fácil".
Aconteceu no final de semana, mudei a rota novamente e lá estava ela, à luz do dia, mais bela e majestosa do que nunca, soberana, entre seus vizinhos pretenciosos. É agora, pensei. Parei o carro de sopetão, me aproximei decidida. O porteiro, numa cadeira velha: "Pois não?" - "Está em exposição? Posso dar uma olhada?" - "Fique a vontade".
Pé-direito de 4 metros, 450 metros de área construída. Forros de madeira. Janelas, muitas janelas. Ladrilho Hidráulico. Quintal. Cheiro de 5 geraçõs.
Quando nasceu não devia ser como suas colegas do bairro. Apesar de imponente, não chega a ser uma mansão. Outras haviam (algumas ainda permanecem), maiores, de estilo marcado, com requintes na ornamentação, salões com temas variados, jardins, afrescos. Seus progenitores, buscando salubridade, saíam da área central em busca de logradouros com maior altitude, mais ventilados, livre das inundações. Higiene-Higienópolis: Higiene - Pólis.
Meu coração estava quente. Minha mente, longe: "Restaurar o forro; consertar janelas, refazer algumas; prospecção pictórica (raspagem das camadas de tinta da parede até chegar na cor original, ou que sabe em alguma bela pintura); completar os ladrilhos que faltam... etc, etc"
Queria recuperá-la, habitá-la. Eu passaria o resto da vida trabalhando nela, só para ela, até deixá-la com a cara que tinha quando nasceu. E ainda a salvaria da morte.Mais da metade de seu preço se deve ao terreno, localização. Está ilhada entre as medonhas "mansões suspensas". As contrutoras ficariam muitos satisfeitas em substituí-la por um gigantesco exemplar da arquitetura "neo-clássica" (como gostam de chamar), 4 suítes, 5 vagas na garagem.
Sim, eu seria feliz, pode ter certeza.
Eu teria que ser TRILHONÁRIA, no mínimo. Para depois me tornar uma velhinha pobre e satisfeita.
Já me despedindo, na calçada, perguntei ao porteiro: "Tá difícil de vender?" - "Pois é, né? Se quem construiu tivesse colocado umas 20 vaga pra carro na frente, aí vendia fácil".
quinta-feira, junho 08, 2006
Sobre personalidade
"Faço parte de uma ínfima minoria, integrada por monges trapistas, alguns matemáticos, noviças abobadas e uns poucos artistas, gente conservada na calda da mansidão à custa de poesia ou barbitúricos. Um clube de dementes de categorias variadas, malucos de diversos calibres. Gente esquisita, que vive alheia nas frestas da realidade. Só assim conseguem entregar-se por inteiro àquilo que consagraram como objeto de culto e devoção. Para viver num estado de excitação constante, confinados num território particular, incandescente, vedado aos demais. Uma reserva de sonho contra tudo que não é doce, sutil ou sereno. É o mais proximo da felicidade que podemos chegar, sustenta Shianberg.
Não sei que nome você daria a isso.
Bem, não importa muito, chame do que quiser."
Aquino, Marçal. "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios". p.229 - São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Esse Marçal é de matar, ou não é?
Não sei que nome você daria a isso.
Bem, não importa muito, chame do que quiser."
Aquino, Marçal. "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios". p.229 - São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Esse Marçal é de matar, ou não é?
Dedicação
Reservar um tempo. Mesmo que no final do dia, mesmo cansada, mesmo direto do trabalho, sem tomar banho. E estar, ficar, olhar, ouvir, rir muito com as amigas queridas.
Tem épocas em que cada um vai pra um lado. Mas que porre essa "vida de adulto"! O bom é o valor que a gente começa a dar a esses momentos de encontro.
É necessário dedicação sim. Ainda mais nessa cidade onde não esbarramos nunca com os amigos na rua, por acaso. Tem que combinar, organizar, programar, senão passou o mês e você esteve longe de todo mundo que gosta. Claro que é praticamente impossível reunir todos, principalmente quando se viveu já quase três décadas, morando em mais de cinco lugares diferentes... Haja coração e tempo pra caber todos os queridos.
Mas de pouquinho em pouquinho dá para ir preenchendo o vazio, rastro cruel que a saudade faz questão de deixar.
Tem épocas em que cada um vai pra um lado. Mas que porre essa "vida de adulto"! O bom é o valor que a gente começa a dar a esses momentos de encontro.
É necessário dedicação sim. Ainda mais nessa cidade onde não esbarramos nunca com os amigos na rua, por acaso. Tem que combinar, organizar, programar, senão passou o mês e você esteve longe de todo mundo que gosta. Claro que é praticamente impossível reunir todos, principalmente quando se viveu já quase três décadas, morando em mais de cinco lugares diferentes... Haja coração e tempo pra caber todos os queridos.
Mas de pouquinho em pouquinho dá para ir preenchendo o vazio, rastro cruel que a saudade faz questão de deixar.
sexta-feira, junho 02, 2006
E que venham os novos tempos!
Fim de semana com outras turmas. Outros ares. É preciso mesmo alterar a ordem das coisas, os rumos. E como sempre, meu ano só começa a ter uma cara, depois de maio. Será o frio? Ajuda sim. É assim sempre, passo todo o verão tentando entrar num eixo, e só quando o outono está no fim, que me vejo sentada na minha poltroninha(Jacobsen...rs)acomodada no meu lugar, no trem rumo ao destino. Será esse o motivo pelo qual começo minhas agendas anuais só em maio? Achei essa semana uma lindinha em promoção: 10 reais. Tá boa?
quinta-feira, junho 01, 2006
Doa-se sapatos
Depois se quase 1 ano com meu novo (porém ferrado) tornozelo, eu ainda me surpreendo. Existem coisas que eu já me conformei, por exemplo, já me conformei que já não posso fazer certos movimentos, que já não posso pular feito louca na balada, que não consigo mais fazer um grand plié em primeira posição, etc.
Por incrível que pareça, o que sempre me pega de surpresa são os sapatos. Está certo que eu não tenho várias opções, mas a idéia de ter que me desfazer de alguns por não conseguir mais ficar em cima deles me deixa arrasada...
Ontem coloquei um saltinho com o qual geralmente me dou bem. Mas ontem, justamente ontem, simplesmente não consegui andar. Trabalho sentada, os únicos percursos a pé que faço são: do carro até o escritório (quase 1 km) e do escritório até o restaurante e vice-versa. Na hora do almoço, quando a rua estava cheia de gente, saí do escritório já capengando por causa da maldita sandália. Ia bem devagarzinho. Passo-pára-passo-pára... patético... parecia uma anciã. E só pra piorar todas as pessoas me olhavam com um ponto de interrogação na testa. O mal-humor tomou conta de mim. Dois caras na calçada, pararam a conversa e ficaram observando a minha desgraça. Numa fúria momentânea eu também parei de andar, ou melhor, de me arrastar, para encarar os dois imbecis. E a frase na cabeça, que graças a Deus não saiu de lá: "QUE QUE FOI? NUNCA VIU UMA PESSOAQUECAIUDOTRAPÉZIO E TEM O TORNOZELO FODIDO E VAI TER QUE JOGAR METADE DE SEUS SAPATOS FORA? QUE QUE FOI?? TÁ BOM O ESPETÁCULO??"
Passei o resto do dia sentada e descalça.
Alguém quer uma sandália de saltinho, tamanho 36? Estou doando.
Por incrível que pareça, o que sempre me pega de surpresa são os sapatos. Está certo que eu não tenho várias opções, mas a idéia de ter que me desfazer de alguns por não conseguir mais ficar em cima deles me deixa arrasada...
Ontem coloquei um saltinho com o qual geralmente me dou bem. Mas ontem, justamente ontem, simplesmente não consegui andar. Trabalho sentada, os únicos percursos a pé que faço são: do carro até o escritório (quase 1 km) e do escritório até o restaurante e vice-versa. Na hora do almoço, quando a rua estava cheia de gente, saí do escritório já capengando por causa da maldita sandália. Ia bem devagarzinho. Passo-pára-passo-pára... patético... parecia uma anciã. E só pra piorar todas as pessoas me olhavam com um ponto de interrogação na testa. O mal-humor tomou conta de mim. Dois caras na calçada, pararam a conversa e ficaram observando a minha desgraça. Numa fúria momentânea eu também parei de andar, ou melhor, de me arrastar, para encarar os dois imbecis. E a frase na cabeça, que graças a Deus não saiu de lá: "QUE QUE FOI? NUNCA VIU UMA PESSOAQUECAIUDOTRAPÉZIO E TEM O TORNOZELO FODIDO E VAI TER QUE JOGAR METADE DE SEUS SAPATOS FORA? QUE QUE FOI?? TÁ BOM O ESPETÁCULO??"
Passei o resto do dia sentada e descalça.
Alguém quer uma sandália de saltinho, tamanho 36? Estou doando.
quarta-feira, maio 31, 2006
Prólogo - Primeiros devaneios
No auge da nossa era freak chic, eu e a fia de tanto compartilhar viagens, acabamos unindo alguns de nossos devaneios (na verdade vários). Uns se perderam no tempo, outros volta e meia surgem com menos intensidade criativa.
Existem palavras que eu adoro, pela sonoridade, pelo significado ou simplismente por remeterem a boas idéias. Nessa época eu e fia encanamos em colecionar todas as palavras terminadas em OA. Tinhamos uma lista grande. E num feriado eu fui pra TL e recebi o seguinte e-mail da fia:
Obs: Qualquer semelhança com a propaganda da Kaiser é mera coincidência, pois isso foi há 2 anos atrás.
oi minha boa
por aqui garoa...
isso me atordoa...
até acabou minha broa.
e minha patroa?
só voa...
coitada da coroa,
sonhava em ser leoa,
mais entrou numa canoa,
furada que até caçoa
coitada da pessoa.
eu?
tô pensando em comprar uma samoa
e passar um tempo em Noa Noa,
mas tô em dúvida se não vou pra Goa,
dizem que o pôr do sol é lindo visto da proa.
ah lembrei! preciso comprar kiboa,
espero que vc continue boa,
até!
Muuuito bom!
Ai! Estou adorando essa idéia de ter um blog... tenho muito a escrever...
Mas por hj é só, tenho que acabar uns executivos...ahaha JÚ, isso te lembra algo??? Até mais!
Existem palavras que eu adoro, pela sonoridade, pelo significado ou simplismente por remeterem a boas idéias. Nessa época eu e fia encanamos em colecionar todas as palavras terminadas em OA. Tinhamos uma lista grande. E num feriado eu fui pra TL e recebi o seguinte e-mail da fia:
Obs: Qualquer semelhança com a propaganda da Kaiser é mera coincidência, pois isso foi há 2 anos atrás.
oi minha boa
por aqui garoa...
isso me atordoa...
até acabou minha broa.
e minha patroa?
só voa...
coitada da coroa,
sonhava em ser leoa,
mais entrou numa canoa,
furada que até caçoa
coitada da pessoa.
eu?
tô pensando em comprar uma samoa
e passar um tempo em Noa Noa,
mas tô em dúvida se não vou pra Goa,
dizem que o pôr do sol é lindo visto da proa.
ah lembrei! preciso comprar kiboa,
espero que vc continue boa,
até!
Muuuito bom!
Ai! Estou adorando essa idéia de ter um blog... tenho muito a escrever...
Mas por hj é só, tenho que acabar uns executivos...ahaha JÚ, isso te lembra algo??? Até mais!
terça-feira, maio 30, 2006
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