domingo, agosto 20, 2006

Sobre o Livre arbítrio

Beth Orton é a bola da vez. -Passar o dia fazendo "coisinhas" com as amigas - Gostar da jaqueta só 10 dias depois de adquirí-la - Insônias - Sentir falta de ficar horas na frente da Tv de boca aberta sem pensar em nada, poder fazê-lo a qualquer hora e não fazer. - Vontades, muitas vontades - E depois de muito, consegui eliminar na minha vida várias coisas importantíssimas, mas que na verdade não me faziam bem. Ou faziam. faZIAM. Antes. De que me importa tudo isso agora?
Pode ser que eu não more mais nessa cidade no próximo ano. E pode ser que eu more no coração dela, onde sempre passei e sonhei em restaurar aquele apartamento com a sacada redonda. Pode ser que eu me case e vá morar em Moema ou na Vila Mariana. E pode ser que eu não me case e vá morar no centro histórico de Diamantina. E pode ser que eu não me case e vá morar na Rua Bahia. Pode ser que eu tenha filhos. E pode ser que eles possam percorrer a cidade inteira de bicicleta. E pode ser que eles só tenham os amiguinhos do prédio. E pode ser que, de férias, na casa do avô, eles tenham o privilégio (que eu tive) de por momentos, habitarem um mundo lúdico, feito à mão, exclusivamente para eles, com teatro de fantoches, casa do playmobil com loucinhas e elétrodomésticos de Durepox. E pode ser que eu nunca os tenha. Pode ser que algum dia eu possa fazer aulas com o Ivaldo Bertazzo ás terças e quintas pela manhã. Pode ser que eu fique amiga do povo do teatro. E pode ser que eu fique amiga do povo que faz M.B.A. no exterior. E pode ser que eu não queira novos amigos.
Por vezes, cara a cara com a liberdade, não sabemos o que dizer a ela.

13 comentários:

Anônimo disse...

por que temos que escolher sempre ? Eu ficava puto quando era pequeno e minha mãe dizia que eu deveria ser bom pra ir pro céu um dia e eu questionava porque nós tinhamos a opção de fazer o mal, se não era mais fácil sermos programados para fazer o bem e assim garantir o lugar no paraíso. E ela falava desta p. de livre arbítrio.

Quanta coisa diferente ( muito, muito diferente) poderia acontecer se desviássemos um só milímetro das nossas escolhas. Eu não estaria em São Paulo, mas trabalhando feliz em um emprego de baixa qualificação em Leipzig. Ou casado e morando numa casa própria no interior de Santa Catarina.

Melhor não pensar nestas coisas...

Anônimo disse...

Pode ser... ou não!

Gabriel Villa disse...

Bel,

Caramba, que indecisão! Não se esqueça, nesses momentos é que surgem as grandes oportunidades!

Tá Boa? disse...

E quando as coisas acontecem de maneira que não temos escolha?
Ou o que escolhemos, simplesmente é inviável, e temos que passar para uma segunda opção, que a princípio não seria nossa escolha?
E quando sentimos que não depende da NOSSA decisão?
Às vezes melhor mesmo não pensar nessas coisas... e deixar rolar no vento...

Anônimo disse...

Esse seu comentário aqui é o que me aflige. É justamente a falta de escolha, ou melhor, não poder escolher, qdo aparentemente somos quem direcionamos nossas vidas. Um exemplo: De que adianta escolher uma área profissional se ela não te permite escolher pagar seu aluguel? Tá boa?

Anônimo disse...

talvez exista uma hora em que é preciso riscar o chão, como fez a personagem do saramago, em jangada de pedra

saudades de vc fia

Anônimo disse...

acho que devemos aprender mais a conquistar a liberdade do que apenas desejá-la...
pq senão... quando ela vem, ficamos tão preocupados com a falta do que nos prendia...
que não saimos do lugar...

afinal estar livre é poder ir e vir...com cuidado de não ter pra onde

confiar é o negócio
...já que tem gente que tem uma singular intensidade ruiva nos sentimentos...rs

Gabriel Villa disse...

cadê vc, menina? sumiu?

Anônimo disse...

Bel!!!!!
Não consigo falar com vc!!!
Achei a pasta, estava com a anta da secretária!!!
Gente??????????

Beijos

Anônimo disse...

Adoro a Bel e o Nico e esse final de semana!

Anônimo disse...

Bel Batom,

Kd post novo, amiga??
Tô sedentaaaaaa...
Bjoks.

Anônimo disse...

Também me encontro na espera de um texto novo!!!

Anônimo disse...

Todos estamos...