segunda-feira, dezembro 24, 2007

Sobre o improviso que a vida é

E então, depois de tudo, eu me sentei em sua Sarineen, como sempre fazia depois de tudo. Uma perna pendia sobre um dos braços da cadeira e a outra, esticada ,descansava sobre o seu pé deitado no sofá.
Finalmente fazia uma noite de verão em São Paulo, e a lua amarela, quase cheia, estava prestes a desaparecer atrás do prédio do outro lado da avenida.
Conversamos amenidades e fumamos uns cigarros. Eu disse que a tela do menino ficava ótima na parede vinho e ele disse que gostava que ela não ficasse tão aparente e óbvia para não enjoar os olhos, ou coisa parecida. O peixe continuava deitado no fundo do aquário e eu disse de novo que ele deveria ter um gato. Por fim, eu disse que ficaria com saudades e ele ficou me olhando sem dizer nada.
Tudo estava onde deveria estar.
Naquele mesmo dia, alguém havia me dito que a vida era jazz e não uma aula de ballet clássico.

3 comentários:

Gabriel Villa disse...

O que é sarineen?

Tá Boa? disse...

É a cadeira Gabri. Tulipa, sabe?

Anônimo disse...

Amoooooor...you are back!!! Quanta felicidade :)