Uma e meia da tarde. O copeiro me acompanha até a piscina. O som de um LP tocando Thelonious Monk vai ficando mais alto a cada passo. Já de longe a vejo, soberana. A Diva emagreceu. Sei que acabou de acordar e que a ressaca não vai permitir muitas trocas. Me aproximo calada, e calada me sento na cadeira de ferro fundido. Frente a frente com a Diva. Acordada? Não se sabe. Os óculos escuros maiores que uma noite inteira, me barram na porta do OI. Sim, acordada, leva o cigarro á boca e curte uma longa tragada. Cruza bem as pernas, mas o tamanco de verniz vermelho permanece firme em seu pé esquerdo, que está no ar.Na cabeça, uma toalha cor de laranja faz combinação com a sua pele queimada pelo sol. Nada que o bom Raquito de sol não resolva para ela.
Vejo que já tomou seu café da manhã, há num copo de cristal sobre a mesa, um restinho de whisky, que se foi cowboy. Ela me viu? Não sei dizer. Também não sei dizer quanto tempo fiquei ali, em silêncio, observando a Diva e seu mundo.
Me levanto para ir. Ouço, já de costas para ela, um longo suspiro e: "I´m better now..."
Não me viro, sigo caminhando. Penso que o tempo passou, mas uma Diva nunca envelhece.
ELA FOI. ELA É. ELA SEMPRE SERÁ.
ELA FOI. ELA É. ELA SEMPRE SERÁ.
A DIVA
DO ELÉTROPUNK.
*Foto de arquivo pessoal.
*Foto de arquivo pessoal.
3 comentários:
back on the chain gang !
Ahhhh! Vc não existe!!!
a DIVA DO ELÉTROPUNK JAMAIS SE APAGARÁ DE NOSSA MEMÓRIA!!!!! VIVA!!!!
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