Beth Orton é a bola da vez. -Passar o dia fazendo "coisinhas" com as amigas - Gostar da jaqueta só 10 dias depois de adquirí-la - Insônias - Sentir falta de ficar horas na frente da Tv de boca aberta sem pensar em nada, poder fazê-lo a qualquer hora e não fazer. - Vontades, muitas vontades - E depois de muito, consegui eliminar na minha vida várias coisas importantíssimas, mas que na verdade não me faziam bem. Ou faziam. faZIAM. Antes. De que me importa tudo isso agora?
Pode ser que eu não more mais nessa cidade no próximo ano. E pode ser que eu more no coração dela, onde sempre passei e sonhei em restaurar aquele apartamento com a sacada redonda. Pode ser que eu me case e vá morar em Moema ou na Vila Mariana. E pode ser que eu não me case e vá morar no centro histórico de Diamantina. E pode ser que eu não me case e vá morar na Rua Bahia. Pode ser que eu tenha filhos. E pode ser que eles possam percorrer a cidade inteira de bicicleta. E pode ser que eles só tenham os amiguinhos do prédio. E pode ser que, de férias, na casa do avô, eles tenham o privilégio (que eu tive) de por momentos, habitarem um mundo lúdico, feito à mão, exclusivamente para eles, com teatro de fantoches, casa do playmobil com loucinhas e elétrodomésticos de Durepox. E pode ser que eu nunca os tenha. Pode ser que algum dia eu possa fazer aulas com o Ivaldo Bertazzo ás terças e quintas pela manhã. Pode ser que eu fique amiga do povo do teatro. E pode ser que eu fique amiga do povo que faz M.B.A. no exterior. E pode ser que eu não queira novos amigos.
Por vezes, cara a cara com a liberdade, não sabemos o que dizer a ela.
domingo, agosto 20, 2006
segunda-feira, agosto 14, 2006
Lá de onde eu vim, as noites eram feitas para dormir
Não para ter insônia
Lá de onde eu vim, quem me olhava, me via
Sem os óculos escuros da sua alma machucada
Lá de onde eu vim o medo andava longe
E não de mãos dadas
Lá de onde eu vim a dança era dançada no palco
E não assistida da platéia
Lá de onde eu vim, da minha boca só saíam palavras doces
Porque eu não precisava dizer mais nada
Hoje estou muito longe, de lá de onde eu vim
E por aqui, não sei caminhar
Essas ruas são tortuosas
Nesse horizonte traiçoeiro, eu me perco e não sei voltar
E que eu dobre a esquina para o lado correto
Ou para o lado que me leve mais perto
Do lugar de onde eu vim
Não para ter insônia
Lá de onde eu vim, quem me olhava, me via
Sem os óculos escuros da sua alma machucada
Lá de onde eu vim o medo andava longe
E não de mãos dadas
Lá de onde eu vim a dança era dançada no palco
E não assistida da platéia
Lá de onde eu vim, da minha boca só saíam palavras doces
Porque eu não precisava dizer mais nada
Hoje estou muito longe, de lá de onde eu vim
E por aqui, não sei caminhar
Essas ruas são tortuosas
Nesse horizonte traiçoeiro, eu me perco e não sei voltar
E que eu dobre a esquina para o lado correto
Ou para o lado que me leve mais perto
Do lugar de onde eu vim
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