segunda-feira, dezembro 24, 2007

Estamos em reforma para melhor atendê-lo

Estava dando uma relida em todas as postagens deste blog e me incomodou profundamente a forma que ele me pareceu ter um caráter, no geral, nostálgico.
E eu me cansei. Já não acho hoje que o tempo que passou foi melhor. O que aconteceu foi que, sem dó, apaguei vários textos e editei outros. Não me importa que fez parte de uma época. Essa melancolia não me desce mais. Mesmo porque, estou numa fase de enfrentar as coisas e não de ficar me lamentando. É isso.
Feliz ano novo para você também!

Sobre o improviso que a vida é

E então, depois de tudo, eu me sentei em sua Sarineen, como sempre fazia depois de tudo. Uma perna pendia sobre um dos braços da cadeira e a outra, esticada ,descansava sobre o seu pé deitado no sofá.
Finalmente fazia uma noite de verão em São Paulo, e a lua amarela, quase cheia, estava prestes a desaparecer atrás do prédio do outro lado da avenida.
Conversamos amenidades e fumamos uns cigarros. Eu disse que a tela do menino ficava ótima na parede vinho e ele disse que gostava que ela não ficasse tão aparente e óbvia para não enjoar os olhos, ou coisa parecida. O peixe continuava deitado no fundo do aquário e eu disse de novo que ele deveria ter um gato. Por fim, eu disse que ficaria com saudades e ele ficou me olhando sem dizer nada.
Tudo estava onde deveria estar.
Naquele mesmo dia, alguém havia me dito que a vida era jazz e não uma aula de ballet clássico.