quinta-feira, abril 26, 2007

Our Lovely Punk Rockers

Não, eu não pedi autorização DELES para colocar esta foto aqui. Sabe o que é? É que eles estão acima dessas coisas.
Eu não me lembro a idade que eu tinha quando OS conheci. Mas isso também não importa.
O que eu bem me lembro, é que muitos anos atrás, eu acordei um dia na praia, e não sei porque decidi que eu ia aprender a "pegar jacaré". Sim ELES surfam. Coloquei meu biquini, peguei a primeira prancha que eu encontrei das que estavam encostadas no hall de serviço, e assim eu cheguei na praia. Braaaanca, um cigarro numa mão e uma prancha na outra. E ELES me proporcionaram uma das mais deliciosas sensações que já tive: O JACARÉ. Eu deitada na prancha e Os três me empurrando, até que eu consegui!
Também já varei a madrugada, assistindo o empolgante e emocionante passar de fases DELES no Super Mário. Uma vez, eu estava presente, quando um deles, resolveu raspar o cabelo moicano. E eu ficava orgulhosa de sair ao lado DELE. Porque ele ficou lindo.
Sábado eles estavam assistindo o DVD do Pantera, que eu tanto ouvi noutros tempos.
Eu adoro quando a gente se encontra. E acho que eles nunca mais vão parar de crescer.
MY LOVELY PUNK ROCKERS &
BETA´S LOVELY PUNK ROCKERS

terça-feira, abril 24, 2007

A DIVA DO ELÉTROPUNK

Uma e meia da tarde. O copeiro me acompanha até a piscina. O som de um LP tocando Thelonious Monk vai ficando mais alto a cada passo. Já de longe a vejo, soberana. A Diva emagreceu. Sei que acabou de acordar e que a ressaca não vai permitir muitas trocas. Me aproximo calada, e calada me sento na cadeira de ferro fundido. Frente a frente com a Diva. Acordada? Não se sabe. Os óculos escuros maiores que uma noite inteira, me barram na porta do OI. Sim, acordada, leva o cigarro á boca e curte uma longa tragada. Cruza bem as pernas, mas o tamanco de verniz vermelho permanece firme em seu pé esquerdo, que está no ar.
Na cabeça, uma toalha cor de laranja faz combinação com a sua pele queimada pelo sol. Nada que o bom Raquito de sol não resolva para ela.
Vejo que já tomou seu café da manhã, há num copo de cristal sobre a mesa, um restinho de whisky, que se foi cowboy. Ela me viu? Não sei dizer. Também não sei dizer quanto tempo fiquei ali, em silêncio, observando a Diva e seu mundo.
Me levanto para ir. Ouço, já de costas para ela, um longo suspiro e: "I´m better now..."
Não me viro, sigo caminhando. Penso que o tempo passou, mas uma Diva nunca envelhece.
ELA FOI. ELA É. ELA SEMPRE SERÁ.
A DIVA
DO ELÉTROPUNK.
*Foto de arquivo pessoal.